Uma cidade histórica afundada no esquecimento
Canavieiras, no sul da Bahia, conhecida por sua rica cultura e localização privilegiada, vive hoje um verdadeiro estado de calamidade urbana. Sob a gestão do prefeito Paulo Carvalho, a cidade encontra-se com as ruas sem qualquer plano consistente de manutenção em sua malha viária. O resultado? Um cenário de devastação cotidiana.
São mais de 30 ruas abandonadas, tomadas por buracos e estruturas completamente comprometidas. Na prática, a cidade parece ter sido riscada do mapa das prioridades da administração municipal.
As ruas da vergonha
Na lista do abandono, destacam-se vias de intenso tráfego e valor histórico e social, como:
- Rua General Pederneiras
- Avenida Antônio Carlos Magalhães
- Rua Barão do Rio Branco
- Rua Laurindo Antônio de Souza
- Rua Joaquim Teodoro Velozo
- Rua Renato de Almeida Borba
- Rua Anísio Sabino Loureiro
- Rua Boaventura Ribeiro
- Rua Dr. Pedro Santos
- Rua Rita Braga
- Entre outras
…e a emblemática Rua 2 de Julho, símbolo da resistência dos moradores, que interditaram o trecho com entulho e cartazes de protesto, em um grito desesperado por dignidade.
Impactos reais: um povo no limite
Os danos causados pela negligência da prefeitura são profundos e cotidianos. Suspensões quebradas, pneus estourados. E não para por aí:
- Moradores perdem móveis em alagamentos após chuvas moderadas devido à ausência total de drenagem e bueiros entupidos.
- Crianças adoecem com infecções respiratórias e de pele, agravadas pelo esgoto exposto.
- Idosos e cadeirantes não conseguem se locomover com segurança, presos em verdadeiras armadilhas urbanas.
“A gente já tá cansado de promessas. Vem ano, vai ano, e tudo fica pior. Aqui ninguém aparece. Só aparece em época de eleição.”
— Seu Erivaldo, aposentado, morador da Rua Laurindo Souza.
Falta comando, sobra descaso
Uma denúncia recorrente entre os moradores é o corpo mole generalizado entre muitos servidores da infraestrutura. Sem comando firme, sem fiscalização eficaz, equipes que deveriam realizar manutenção básica ficam ociosas, ou apenas fazem o famoso “tapa-buraco eleitoral” às vésperas de campanhas.
O que se vê é uma administração apática, sem metas, sem plano e sem respeito com o povo. Paulo Carvalho nada faz para corrigir a paralisia interna da máquina pública. As obras que deveriam ser rotina tornaram-se exceção — e só sob forte pressão popular.
Proposta de solução viável
O caminho para reverter esse quadro começa por algo simples e exequível: a adoção de um cronograma emergencial de recuperação urbana, com metas claras, fiscalização participativa e uso da própria mão de obra da prefeitura.
Um plano com compromisso mínimo de recuperar uma rua por mês, priorizando as mais afetadas e com maior circulação de pessoas, seria o primeiro passo de um processo de reconstrução moral e física da cidade.
A transparência deve nortear o processo, com divulgação pública do cronograma e envolvimento da comunidade local na fiscalização.
Chegou a hora da mobilização popular
A indignação precisa virar ação. Os moradores não podem mais aceitar o abandono como destino. É hora de cobrar, filmar, postar, marcar. Que Canavieiras seja vista! Que o prefeito responda.