Especial para a população de Canavieiras
“Enquanto o muro e o asfalto do aeroporto consome milhões, uma criança morre no hospital sem medicamentos. Isso é eficiência?”
Essa é a pergunta que ecoa pelas ruas de Canavieiras, cidade historicamente abandonada por gestões que prometem progresso, mas entregam concreto sem propósito. A construção do muro e o asfalto do aeroporto, financiada com recursos estaduais e federais, escancara uma gestão pública que ignora os princípios constitucionais da eficiência e da moralidade administrativa, previstos no artigo 37 da Constituição Federal.
O que está em curso não é apenas uma obra. É uma afronta aos direitos mais básicos da população, Os recursos utilizados poderiam e deveriam ser redirecionados para saúde e urbanização da cidade.
Lei 8.429/92 – Improbidade administrativa:
Quando uma obra pública não atende ao interesse coletivo de forma clara e imediata, sua execução pode configurar desvio de finalidade e mau uso de verbas públicas. Isso merece investigação séria e independente.
Articulação política ou aliança de conveniências?
A obra do asfalto e da reforma do muro não surgiu do nada. Está amarrada a uma costura política que envolve o prefeito Paulo Carvalho, o secretário de infraestutura da Bahia Sérgio Brito, O deputado estadual Ricardo Rodrigues, O deputado Federal Joaõ Bacelar e o senador Otto Alencar. Os mesmos nomes que caminham lado a lado nas promessas de campanhas, mas que tropeçam sempre que o povo clama por infraestrutura, saúde.
“O mesmo grupo que nega asfalto garante verbas para um aeroporto sem voos regulares há anos.”
Segundo registros, os últimos voos em Canavieiras ocorrem quando os mesmos deputados vêm fazer suas campanhas políticas e não devemos esquecer que o ano que vem tem eleições estaduais e federais. Desde então, a pista ficou entregue ao mato, à poeira e às promessas vazias. Mesmo assim, o governo municipal decidiu priorizar a construção de um muro e o asfalto obra sem impacto social imediato, enquanto bairros inteiros afundam na lama e crianças estudam em salas com goteiras.
O custo do asfalto e do muro equivale a quilômetros de asfalto que nunca chegarão às ruas de terra batida.
Essa verba não precisa ser exato para chocar o valor estimado da obra, não divulgado oficialmente, circula como boato nas esquinas da cidade. E mesmo sem a cifra exata, é suficiente para irritar quem vive o cotidiano de abandono.
Enquanto o muro avança, o Hospital Municipal opera com decadência, É hora de transformar indignação em ação. Os moradores não podem ser expectadores da decadência de sua própria cidade.
Canavieiras merece mais que um muro. Merece governantes que não escondam a incompetência atrás de concreto.